Levantamento do Instituto Gerp mostra que o lulismo ainda é forte, mas carece de sucessores diretos
Uma pesquisa nacional do Instituto Gerp, realizada entre 1º e 5 de novembro, revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perderia no segundo turno para os principais nomes da direita: Jair Bolsonaro (PL), Michelle Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O levantamento, que avalia cenários para a eleição presidencial de 2026, mostra que Bolsonaro mantém liderança isolada e o maior índice de lembrança entre os eleitores — sendo o único nome que venceria Lula com margem confortável: 47% a 42%.
Michelle e Tarcísio despontam como alternativas da direita
Michelle Bolsonaro aparece com 30% das intenções no primeiro turno e supera Lula no segundo, por 47% a 44%. Já Tarcísio de Freitas registra 21%, contra 33% de Lula, mas empata tecnicamente no segundo turno (44% x 43%).
Ainda segundo o instituto, caso Bolsonaro não seja candidato, mantém alto poder de transferência de votos. Entre seus eleitores, 30% migrariam para Michelle, 24% para Tarcísio e 7% para Eduardo Bolsonaro.
Campo lulista segue fragmentado
No campo do governo, o cenário é mais dividido. Geraldo Alckmin (24%) e Fernando Haddad (23%) disputam a preferência em caso de Lula não concorrer, seguidos por Flávio Dino (9%) e Camilo Santana (5%).
Apesar disso, 26% dos entrevistados afirmam que não votariam em nenhum nome do grupo, indicando que o lulismo mantém base sólida, mas não consegue transferir o mesmo apoio a outros nomes da esquerda.
Tarcísio é bem avaliado em São Paulo
Regionalmente, governadores como Ratinho Jr. (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO) também se destacam em seus estados.
Em São Paulo, 52% dos entrevistados preferem que Tarcísio continue à frente do governo, enquanto 20% gostariam que ele concorresse à Presidência.