O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a se manifestar neste domingo (9) após ser alvo de críticas do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), que o chamou de “louco” e disse que o parlamentar estaria “falando bobagem lá dos Estados Unidos”.
Em resposta, Eduardo não poupou palavras e expôs a insatisfação com o que considera uma crescente tentativa, dentro da própria direita, de se afastar do legado de Jair Bolsonaro.
“Não me culpe pela sua frouxidão. Se hoje estou vivendo no exílio, é por causa de políticos bostas iguais ao senhor, com essa ‘opiniãozinha’ que vende para o público a responsabilização dos outros pela sua falta de coragem”, escreveu o deputado nas redes sociais.
“E aí, os nossos inimigos, os ditadores, ficam confortáveis para expandir seu poder”, completou.
As declarações vieram após Mendes criticar a postura do parlamentar e defender Tarcísio de Freitas (Republicanos), que vem sendo apontado por parte da imprensa como possível nome da direita para disputar o Planalto em 2026.
Para Eduardo, há um movimento de dentro do próprio campo conservador tentando suavizar o discurso e romper com o bolsonarismo, buscando uma “nova direita” mais palatável à mídia e à velha política.
Nos últimos dias, o deputado também reagiu a ataques de Nikolas Ferreira (PL-MG) e Ana Campagnolo (PL-SC), afirmando que parte dos jovens parlamentares estaria articulando para “se livrar de Bolsonaro” enquanto continuam usando o nome e o eleitorado do ex-presidente.
“Eles querem continuar sendo eleitos pelos bolsonaristas, mas não querem mais prestar contas ao Bolsonaro”, publicou Eduardo, reforçando que não abrirá mão dos princípios que deram origem ao movimento conservador no Brasil.
Enquanto vive nos Estados Unidos com a família, o deputado segue sendo um dos principais porta-vozes do bolsonarismo fora do país, participando de eventos internacionais e mantendo firme o discurso em defesa da liberdade, da soberania e dos valores que inspiraram milhões de brasileiros em 2018.
A reação de Eduardo foi amplamente apoiada por perfis conservadores nas redes sociais, que enxergaram nas suas palavras um grito de alerta contra a acomodação e a traição ideológica dentro da própria direita.