O jurista André Marsiglia voltou a ganhar destaque nacional após criticar a postura de ministros do Supremo Tribunal Federal durante a COP30 e comentar as manifestações de grupos indígenas que ocorreram paralelamente ao evento. Em suas declarações, Marsiglia ironizou possíveis narrativas futuras ao afirmar:
“Daqui a pouco começam a dizer que os indígenas são bolsonaristas e que estão dando um golpe de Estado.”
A frase repercutiu rapidamente nas redes sociais, especialmente entre movimentos conservadores que há meses apontam um suposto alinhamento político entre setores do Judiciário e o governo federal. Para esse grupo, a fala de Marsiglia expõe o que consideram ser um discurso seletivo: protestos e pressões políticas seriam bem-vindos dependendo de quem os realiza.
Nos bastidores da COP30, a presença de ministros do STF em debates com claro teor político gerou desconforto entre participantes e especialistas. Para críticos, a atuação extrapola o papel institucional da Corte, reforçando a percepção de interferência em temas de natureza legislativa e executiva.
Marsiglia vem se destacando por críticas constantes a decisões e posicionamentos de membros do STF, especialmente em temas ligados à liberdade de expressão, ativismo judicial e segurança jurídica. Suas declarações na COP30 reforçam um cenário de crescente tensão entre setores da sociedade civil e o Judiciário, num momento em que o país discute os limites do poder estatal e o fortalecimento das instituições.
Enquanto isso, a reação oficial do STF às falas do jurista não foi divulgada até o momento.
No entanto, o episódio deve alimentar o debate público nas próximas semanas, especialmente entre movimentos liberais e conservadores que pedem mais transparência, equilíbrio institucional e respeito à Constituição.