O governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência em 2026, Romeu Zema (Novo), voltou a defender uma política dura contra o crime organizado no Brasil. Em entrevista à coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, Zema afirmou que considera necessária a transferência de integrantes do PCC e do Comando Vermelho para o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), em El Salvador — presídio de segurança máxima que ficou conhecido mundialmente pela repressão às grandes facções criminosas.
Segundo Zema, caso o envio dos criminosos ao país centro-americano não seja possível, o Brasil deveria construir uma estrutura semelhante em território nacional:
um “Cecot brasileiro”, totalmente isolado na Floresta Amazônica.
O governador afirmou que o presídio ideal teria apenas uma pista de pouso, vigilância reforçada e controle absoluto do acesso aéreo, garantindo que nenhuma aeronave não autorizada pudesse se aproximar.
Ele classificou o modelo como “uma Alcatraz da selva”, onde criminosos de alta periculosidade ficariam totalmente desconectados do comando das facções.
Zema também destacou que o Brasil poderia firmar um convênio internacional com El Salvador, permitindo a transferência de detentos ligados às organizações criminosas. Para ele, a distância e o regime extremamente rígido adotado pelo governo de Nayib Bukele ajudariam a enfraquecer o poder das facções dentro do país.
O governador visitou El Salvador em maio e elogiou publicamente a política de segurança adotada por Bukele, embora o modelo seja criticado por grupos de direitos humanos.
A proposta de Zema reacendeu o debate sobre medidas mais duras para enfrentar o crime organizado no Brasil, especialmente diante do avanço das facções e da dificuldade do sistema prisional em impedir que líderes continuem comandando operações criminosas de dentro das cadeias.