O tumulto provocado por cerca de 50 manifestantes de esquerda na entrada da Zona Azul da COP30, em Belém, ganhou destaque na imprensa internacional.
Segundo a matéria original, o grupo se separou da Marcha Global de Saúde e Clima e acabou invadindo uma área reservada exclusivamente a credenciados pela ONU, como diplomatas, jornalistas e negociadores — um espaço considerado sensível para a segurança do evento.
A imprensa estrangeira destacou o episódio. O jornal The Guardian, do Reino Unido, relatou que, de acordo com um porta-voz da ONU, "dois seguranças tiveram ferimentos leves e que houve pequenos danos ao local do evento". A publicação também mencionou que bombeiros uniformizados formaram uma barreira para impedir que o grupo avançasse.
Nos Estados Unidos, a CNN registrou frases estampadas nas bandeiras dos manifestantes, como “Nossa terra não está à venda”, e entrevistou uma liderança indígena identificada como “Gilmar”, que afirmou: “Não podemos comer dinheiro” e disse que o grupo quer terras livres do agronegócio, de exploração de petróleo, garimpo e madeireiros ilegais.
Já o The Washington Post reportou a declaração de Augustin Ocaña, da Global Youth Coalition, citada pela AP. Segundo o jornal, “Ocaña disse que algumas das pessoas que tentavam entrar [na Zona Azul] estavam cantando: ‘Eles não podem decidir por nós sem nós’”, em referência à participação indígena na conferência.
O caso repercutiu nas redes sociais, onde o termo “Ocupa COP” passou a circular entre apoiadores do movimento. Para analistas de direita, o episódio expõe mais um cenário de radicalização e falta de controle interno em eventos internacionais organizados no Brasil — além de reforçar críticas à condução ideológica e permissiva frente a protestos de grupos alinhados à esquerda.