O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Magno Malta (PL-ES) visitem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto.
Também foram liberadas as visitas dos deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS), Alfredo Gaspar (União-AL) — relator da CPI do INSS —, da influenciadora Bárbara Destefani e do ex-ministro Adolfo Sachsida.
Segundo despacho do ministro, “todas as visitas devem observar as determinações judiciais já fixadas”, e haverá vistorias em veículos que deixarem a residência do ex-presidente.
O senador Magno Malta poderá realizar a visita em 18 de novembro, e Nikolas Ferreira, em 21 de novembro, entre 9h e 18h.
A decisão ocorre em meio às restrições impostas a Bolsonaro, determinadas após o STF entender que ele teria descumprido uma ordem judicial sobre o uso de redes sociais — mesmo de forma indireta.
A medida faz parte do inquérito que investiga suposta “coação” contra autoridades ligadas à chamada “trama golpista”, processo no qual o ex-presidente já foi condenado em primeira instância a 27 anos e três meses de prisão, decisão ainda sujeita a recursos.
Os parlamentares e apoiadores veem as visitas como uma forma de diálogo com o ex-chefe do Executivo, cuja base política continua mobilizada e crescente em todo o país.
Nikolas Ferreira, em especial, tem se posicionado publicamente em defesa da liberdade de expressão e das garantias individuais, temas que vêm ganhando força entre parlamentares conservadores.
Mesmo com as censuras, o ex-presidente continua sendo figura central na política nacional, e suas pautas seguem influenciando o debate público — especialmente no campo da direita democrática e dos valores cristãos.
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