O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou nesta segunda-feira (10) sobre as discussões internas do PL catarinense envolvendo a possível candidatura do irmão, Carlos Bolsonaro, ao Senado Federal nas eleições de 2026.
Em um vídeo de mais de 30 minutos publicado em seu canal, Eduardo defendeu a indicação do irmão pelo partido e afirmou que, se Carlos desistisse da disputa, isso seria visto como “uma derrota política de Jair Bolsonaro”, reforçando a necessidade de unidade dentro da direita.
“Depois disso tudo, imagina só, se ele recua, isso vai ser visto como o quê? Vai ser visto como uma derrota do Bolsonaro”, afirmou o parlamentar.
A fala é uma resposta direta às críticas da deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), que tem se posicionado contra a candidatura de Carlos em Santa Catarina, argumentando que o estado deve priorizar nomes locais.
Eduardo, por outro lado, considera que o debate precisa ser tratado internamente, sem disputas públicas que fragilizem o projeto político da direita.
“Ana Campagnolo está praticamente, talvez sem querer, convidando outros estados a se rebelar. Se cada estado resolver questionar o líder do movimento, a unidade se perde”, alertou o deputado.
O parlamentar lembrou que Carlos Bolsonaro representa o mesmo projeto de valores e princípios defendidos pelo pai, e que sua candidatura simboliza a continuidade de um movimento que tem milhões de eleitores fiéis no país.
Segundo Eduardo, o argumento de que Carlos não é catarinense não deve ser impeditivo, já que o próprio Jair Bolsonaro nasceu em São Paulo, fez carreira no Rio de Janeiro e se tornou presidente do Brasil — o que, segundo ele, “mostra que a boa política não tem fronteiras regionais, mas princípios e resultados”.
“Ninguém questiona a honestidade ou a capacidade do Carlos. Ele é um homem de princípios, de ação e de lealdade. Tenho certeza de que, quanto mais os catarinenses o conhecerem, mais irão apoiá-lo”, completou.
Eduardo Bolsonaro destacou que o irmão deve se mudar para Santa Catarina nos próximos meses, reforçando sua presença em eventos locais, clubes de tiro e encontros com lideranças religiosas e comunitárias.
Nos bastidores, lideranças do PL nacional enxergam a candidatura de Carlos como estratégica para fortalecer o bolsonarismo no Sul, região que permanece um dos pilares mais sólidos do movimento conservador no país.