O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, determinou a retomada do inquérito que investiga o deputado federal Paulinho da Força, após ficar quase dois anos sem movimentação no Supremo. A investigação apura a suspeita de que o parlamentar receberia valores mensais para repassar informações a uma organização criminosa, em um esquema envolvendo listas de trabalhadores demitidos que poderiam ser usadas em ações trabalhistas.
O caso havia ficado paralisado depois que Paulinho da Força perdeu o mandato e, consequentemente, o foro privilegiado, gerando dúvidas sobre a competência para continuidade do processo. Com a volta ao cargo como suplente na Câmara dos Deputados, o inquérito acabou sem definição clara sobre onde deveria tramitar, o que atrasou o andamento das apurações.
Com a decisão de Mendonça, o inquérito agora segue seu curso no STF, com os autos enviados à Procuradoria-Geral da República para manifestação. A expectativa é que a PGR analise o material e decida os próximos passos, incluindo diligências ou eventual pedido de denúncia.
A reabertura do inquérito ocorre em um momento em que Paulinho da Força exerce papel de destaque na política nacional como relator de projetos polêmicos, o que intensifica a atenção pública sobre o caso e suas implicações éticas e jurídicas.